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VIII Colóquio Winnicott do Rio de Janeiro: O paciente winnicottiano
Em vista de sua variada experiência clínica em pediatria física e psicológica, psiquiatria de crianças e adultos, psicanálise de crianças e adultos, e manejo de indivíduos antissociais, Winnicott se viu obrigado a rever os fundamentos teóricos e os procedimentos aplicados nesses campos. Ao se lançar nesse tipo de pesquisa, ele produziu modificações revolucionárias. Seus conceitos de patologia maturacional e de paciente são elementos centrais de seu novo paradigma. O paciente winnicottiano, seja ele bebê, criança, adolescente ou um adulto, é basicamente um imaturo, alguém que, sendo dependente da facilitação ambiental, não conseguiu realizar as várias dimensões do seu potencial criativo devido a falhas ambientais. O que esse paciente leva para o tratamento são as suas necessidades maturacionais não atendidas em tempo hábil. O terapeuta winnicottiano tem a tarefa de fornecer a provisão ambiental que faltou. Esta pode consistir numa análise do material transferencial, mas, em muitos casos, para que o paciente possa retomar o processo de amadurecimento, é preciso fornecer um ambiente de confiança, no qual seja possível o paciente relaxar e correr o risco de regredir à dependência.
INSCRIÇÕES ENCERRADAS!
Valores
modalidade presencial
Profissionais: R$ 175,00
Estudantes: R$ 140,00
Filiados: R$ 60,00
modalidade online
Profissionais: R$ 122,00
Estudantes: R$ 98,00
Filiados: R$ 42,00
Política de cancelamento de inscrição em eventos
1. O prazo máximo para cancelamento de participação é de até 07 (sete) dias de antecedência do evento.
2. A inscrição no evento somente será cancelada mediante envio de comunicação para o e-mail: atendimento@ibpw.org.br
3. Serão devolvidos 80% (oitenta por cento) do valor pago, até o último dia útil subsequente ao mês de realização do evento.
4. A inscrição é PESSOAL e INTRANSFERÍVEL.
5. Em caso de não comparecimento no dia do evento o valor investido na inscrição não será reembolsado, não será gerado crédito para outros eventos e não dará direito ao envio de materiais que possam vir a ser entregues no curso.
Elsa Oliveira Dias (IBPW/IWA)
Psicanalista. Mestre em Filosofia pela PUCSP e doutora em Psicologia Clínica pela PUCSP, com a tese “A teoria das psicoses de D. W. Winnicott”. Membro do Grupo de Filosofia e Práticas Psicoterápicas (GrupoFPP/Unicamp/CNPq). Fundadora, em 2001, do Centro Winnicott de São Paulo (CWSP) e, em 2005, da Sociedade Brasileira de Psicanálise Winnicottiana (SBPW). Em 2015, fundou e preside, com Zeljko Loparic, o Instituto Brasileiro de Psicanálise Winnicottiana (IBPW). É, ainda, vice-presidente da International Winnicott Association (IWA). Autora dos livros A teoria do amadurecimento de D. W. Winnicott (2014, 3ª edição) Sobre a confiabilidade e outros estudos (2011) e Interpretação e manejo na clínica winnicottiana (2014), editados todos pela DWW editorial.
Flávio Del Matto Faria (IBPW/IWA)
Possui Doutorado em Psicologia (Psicologia Clínica) pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2003) e Mestrado em Psicologia (Psicologia Clínica) pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1997). Especialização em Psicologia Clínica (CRP – 06). Especialização em Psicoterapia psicanalítica da pré-Adolescência e da Adolescência pelo Instituto Sedes Sapientiae. Atualmente é pesquisador do Grupo de Pesquisa em Filosofia e Práticas Psicoterápicas da Sociedade Brasileira de Psicanálise Winnicottiana/UNICAMP, líder do grupo de pesquisa do PROATES- Programa de Atenção às Tentativas de Suicídio/ USJT e coordenador do mesmo programa. Psicanalista, professor, orientador e supervisor clínico associado do Instituto Brasileiro de Psicanálise Winnicottiana (IBPW). Professor (licenciado) supervisor do Instituto Sedes Sapientiae. Professor e Supervisor clínico associado da Universidade São Judas Tadeu. Experiência na área de Psicologia, com ênfase em Intervenção Terapêutica, atuando principalmente nos seguintes temas: psicologia, psicoterapia, suicídio, formação, psicanálise e Winnicott.
Larissa Mendes (NASF)
Psicóloga com especialização em Clínica com Crianças e mestrado em Psicologia Clínica pela PUC-Rio. É preceptora do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) na comunidade da Rocinha. Atua em uma instituição de longa permanência para idosos com grupos terapêuticos voltados para as famílias. Trabalhou como psicóloga na ONG Casa da Árvore; Consultora do projeto Estratégia Brasileirinhas e Brasileirinhos Saudáveis, da FIOCRUZ; coordenadora adjunta do Projeto Nova Caderneta de Saúde da Criança pelo Instituto Fernandes Figueira, em parceria com o Ministério da Saúde.
Marisa Schargel Maia (UFRJ)
Psicanalista, Psicóloga, Arte Educadora e Doutora em Saúde Coletiva, atuando principalmente nos seguintes temas: contemporaneidade, formas de subjetivação, corpo, psiquismo, intervenção precoce, campo de afetação, bioética, ética do cuidado, biotecnologias, humanização e interdisciplinaridade e clínica psicanalítica. É autora do livro: “Extremos da Alma: Dor e Trauma na Atualidade e Clínica Psicanalítica”, Rio de Janeiro: Ed. Garamond/FAPERJ, 2004. Organizou o livro “Por Uma Ética do Cuidado”, Rio de Janeiro: Ed. Garamond/FAPERJ, 2009. Idealizadora do Curso de Especialização em nível de Pós-Graduação (lato sensu): “Atenção Integral à Saúde Materno-Infantil da Maternidade – Escola/UFRJ, onde exerce as funções de coordenação e docência nas disciplinas de “Bioética e Biotecnologias” e “Intervenção Precoce e Práticas Terapêuticas”. Professora e pesquisadora do Programa de Mestrado Profissional em Saúde Perinatal da Maternidade Escola da UFRJ.
Ricardo Telles de Deus (CEP/IBPW/IWA)
Ricardo Telles de Deus Psicanalista; Pós-doutorando em Psicologia Clínica (PUC-SP); Doutor em Psicologia como Profissão e Ciência (PUC-Campinas); Mestre em Psicologia Clínica (PUC-SP); Pós-Graduado em Teoria Psicanalítica (COGEAE/PUC-SP); Graduado em Psicologia (MACKENZIE); Docente do Curso de Formação em Psicanálise do CEP; Professor Colaborador do Instituto Brasileiro de Psicanálise Winnicottiana (IBPW).
Roberto Cooper (Universidade Estácio de Sá)
Pediatra, Mestrado em Saúde da Familia UNESA (Estácio de Sá), professor no curso de medicina da Estácio de Sá.
Sílvia Boccaletti (IBPW/IWA)
Graduada em Fonoaudiologia pelo Instituto Brasileiro de Medicina de Reabilitação Rio de Janeiroi-1978. Pós-graduada em Psicomotricidade pelo Grupo de Apreensão e Conscientização Terapêutica-GACT_ Rio de Janeiro 1982. Formação Básica em terapia familiar pelo ITF (instituto de Terapia Familiar) do Rio de Janeiro -1985. Terapeuta em Análise Bioenergética CBT–SABERJ- – Filiada ao IBA (Instituto de Análise Bioenergética de Nova York-2000) .
Z. Loparic (IBPW/IWA)
Doutor em filosofia pela Universidade Católica de Louvain (1982), é também professor da Unicamp. Em colaboração com Elsa Oliveira Dias, fundou (2005), e desde então preside, a Sociedade Brasileira de Psicanálise Winnicottiana (SBPW). Em 2013, fundou e assumiu a presidência da Internacional Winnicott Association (IWA). Em 2015, promoveu a criação do Instituto Brasileiro de Psicanálise Winnicottiana (IBPW). É autor de livros Heidegger réu (1990), Ética e finitude (1995, 2a. ed. 2004), Descartes heurístico (1997), A semântica transcendental de Kant (2000, 3ª edição 2005), Sobre a responsabilidade (2003), Heidegger (2004), Winnicott e Jung (2014) e organizador de várias coletâneas, entre outras Winnicott e a ética do cuidado (2013), além de ter publicado numerosos artigos sobre história da filosofia, epistemologia e filosofia da psicanálise em revistas brasileiras e estrangeiras.
Sábado, 31 de agosto de 2019
08h00 CADASTRAMENTO
08h45 SESSÃO DE ABERTURA
09h00 CONFERÊNCIAS
Elsa Oliveira Dias (IBPW/IWA)
De quem tratamos, nós, terapeutas winnicottianos?
Desde a perspectiva do largo espectro clínico aberto pela teoria winnicottiana do amadurecimento e dos distúrbios maturacionais, o objetivo do presente estudo – De quem tratamos, nós, terapeutas winnicottianos? – é reunir e articular algumas das características essenciais dos casos clínicos e das situações clínico-institucionais que nos chegam para tratamento; nas palavras de Winnicott, quem é o “animal humano”, tal como o autor o concebe, que pode vir a apresentar-se ao terapeuta winnicottiano em busca de ajuda.
Em outras palavras, reúnem-se aqui alguns aspectos e desafios que o terapeuta winnicottiano se dispõe a tratar e a manejar ao ir ao encontro de um novo caso.
Roberto Cooper (Universidade Estácio de Sá)
Quando e como encaminhar pacientes pediátricos para atendimento psicoterápico?
O que é normal ou anormal em termos de comportamento e relacionamento, das crianças, dos pais, das famílias? O pediatra está preparado para lidar com questões que não são somente orgânicas? Se não está, consegue enxergar outras questões ou nega que existam ou ainda, encaminha tudo que não entende para um psicólogo?
A palestra pretende abordar a prática clínica de um pediatra como ela é, criando oportunidade para discutir com os participantes do colóquio, como seria um bom encaminhamento. Eventualmente, a provocação mais interessante seria a de nos perguntarmos como poderemos formar pediatras que, se mantendo clínicos, consigam dar conta de situações psico-afetivas que envolvem bebês, crianças e suas famílias?
10h20 INTERVALO
10h40 CONFERÊNCIAS
Marisa Schargel Maia (UFRJ)
Reflexões sobre ambiente emocional facilitador e ética do cuidado em saúde
A partir do conceito de Ambiente Emocional Facilitador propõe-se um debate sobre a matriz intersubjetiva que sustenta a Ética do Cuidado em qualquer situação clínica.
Larissa Mendes (NASF)
Diálogos no SUS – um olhar winnicottiano
O presente trabalho pretende apresentar um pouco da minha experiência como psicanalista do SUS, atuando em uma Clínica da Família na comunidade da Rocinha. Depois de alguns anos atendendo individualmente muitos casos de pacientes que sofrem de ansiedade, motivada pelo sofrimento destes pacientes que se julgavam solitários, eu e as minhas residentes da UFRJ resolvemos criar um dispositivo coletivo de cuidado. Não uma roda qualquer, mas sim uma roda feita de palavras e afetos, uma roda de conversa acolhedora, uma forma de dividir e compartilhar a dor. Nossa Roda foi concebida nas ideias e nas ações a partir das contribuições winnicottianas, tendo principalmente como norte o conceito de ambiente emocional favorável à vida.
12h00 Almoço
13h30 COMUNICAÇÕES
14h30 CONFERÊNCIAS
Flávio Del Matto Faria (IBPW/IWA)
O risco de suicídio sob a ótica de D. W. Winnicott
O trabalho apresenta casos clínicos atendidos por Donald Woods Winnicott em que o risco de suicídio do paciente se apresenta, ao menos em alguns períodos do tratamento, como fator central das preocupações do analista. Esses dados extraídos da clinica winnicottiana são relacionados, pelo autor do texto, a elementos de sua própria clinica com pacientes suicidas com o objetivo de explorar alguns aspectos dos recursos oferecidos pela teoria winnicottiana para o entendimento do paciente com risco de suicídio.
Ricardo Telles de Deus (CEP/IBPW/IWA)
O paciente psicótico winnicottiano: sobre a importância do ambiente social durante a análise modificada
Sabe-se que os distúrbios psicóticos, desde a perspectiva de Winnicott, se originam em padrões de falhas ambientais ocorridas em estágios primitivos do processo de maturação, de modo que o indivíduo não chega a desenvolver, de maneira consistente e estável, a integração espaço-temporal num Eu unitário (compatível com a posição EU SOU). Sabe-se, também, que Winnicott propõe que o tratamento dos pacientes psicóticos consiste, essencialmente, na provisão de um ambiente suficientemente bom, em termos de adaptação ativa e sensível às necessidades primitivas da pessoa. Nesta comunicação quero enfatizar algo que experimentei, repetidas vezes, durante a análise modificada de pacientes adultos psicóticos: o meio ambiente, que envolve tais pessoas para além das sessões, consiste num poderoso fator que interfere no desdobramento do processo terapêutico. Deparei-me com o fato de que este ambiente, de diferentes modos, e em graus variados, pode tanto se revelar como um aliado do analista, complementando o trabalho efetuado durante as sessões, como, em contraste, operar como um fator que se opõe a tal avanço. Visando ilustrar essa problemática, e contribuir para um debate ao redor dela, fornecerei algumas vinhetas clínicas, colhidas em meu trabalho prático.
15h50 Intervalo
16h00 CONFERÊNCIAS
Silvia Bocalletti (IBPW/IWA)
A comunicação mãe bebê – Uma experiência Clínica
Este trabalho visa situar o tema da comunicação na clínica winnicottiana e tem como objetivo principal enfatizar a importância da comunicação silenciosa ou implícita, que é não verbal, como base da constituição do si-mesmo. O estudo da comunicação e da não comunicação é um tema central da obra de Winnicott e marca de forma decisiva o olhar sobre o desenvolvimento infantil, a relação mãe bebê, trazendo grandes mudanças no que se refere a clínica, ao par terapeuta- paciente, ou seja, o conduzir terapêutico. Será apresentada uma vinheta clínica de sessões terapêuticas de um menino de 2 anos com sua mãe, em que a criança, com suspeita de autismo, não demostrava nenhum interesse em se comunicar. Com esta vinheta, associaremos a teoria à clínica com o intuito de mostrar a riqueza e a complexidade do tema e o quanto Winnicott se faz necessário e atual para a clínica hoje.
Zeljko Loparic (IBPW/IWA)
Comentários sobre a palestra de Silvia Bocalletti
17h45 ENCERRAMENTO
REGRAS DE APRESENTAÇÃO
O trabalho científico desse evento realizar-se-á por meio de conferências (dadas por convidados escolhidos pela comissão científica do congresso) e comunicações (selecionadas por uma comissão de avaliação dos trabalhos submetidos).
CRONOGRAMA
Até 23/07 – envio dos trabalhos
Até 31/07 – divulgação da lista dos trabalhos aceitos
Até 20/08 – inscrição dos participantes que vão apresentar os trabalhos
Envie o seu trabalho para o email: callforpaper@ibpw.org.br
Lista dos selecionados:
Claudia Boyadjian Marini
Cláudia Nabarro Munhoz
Eline de Medeiros
Hayanne Christine
Luiza Azevedo Marcondes Rodrigues
Nathalia Guerardt
Paul Gayet
Sheila Weremchuk Ida
Soraya Koch Hach
REGRAS GERAIS
1. Aceitaremos comunicações sobre Winnicott, de preferência sobre o tema do Colóquio, mas não exclusivamente.
2. Para submeter as comunicações, não será necessário fazer previamente a inscrição no Colóquio. Todos que tiverem seus trabalhos aprovados terão, no entanto, que efetuar suas inscrições para confirmar a participação até o dia 20/08/2019. A lista dos trabalhos selecionados será divulgada até 31/07/2019, neste site.
3. Após o aceite do trabalho, não será permitida a troca do apresentador.
4. Os outros autores, que desejarem estar presente à apresentação do trabalho, deverão estar devidamente inscritos no Congresso.
5. A apresentação acontecerá em mesas redondas, compostas por quatro trabalhos, seguidos de 10 minutos de debates após o quarto trabalho apresentado. A distribuição nas mesas estará a critério da comissão organizadora do congresso.
6. Somente receberão certificados os autores inscritos no Colóquio, mesmo que o trabalho tenha mais de um autor.
ESPECIFICAÇÕES PARA O ENVIO DO TRABALHO
1. minicurrículo de até 10 linhas.
2. resumo para avaliação de 200-500 palavras; documento Word 97 ou superior; formato: Times New Roman 12; entrelinha: 1,5. O argumento deve apresentar o problema central que motivou o estudo, as questões levantadas e reflexão teórica para responder ou discutir as questões apresentadas.
3. resumo para Caderno de Resumos (caso o trabalho seja aceito): máximo de 100 palavras, seguindo as mesmas especificações.
Havendo interesse, as comunicações aceitas e apresentadas no Colóquio poderão ser submetidas para publicação à revista Natureza Humana até 30 dias após o evento. Para essa submissão, os trabalhos devem ter uma página de rosto, na qual devem constar: identificação do(s) autor (es), título (também em inglês), palavras-chave e resumo (até dez linhas), em português e inglês. No texto não devem constar dados que tornem possível identificar o autor para que o processo de avaliação possa ser realizado pelo método duplo-cego.
Os interessados podem enviar o artigo para revistas@dwwe.com.br
Eugênia Camolesi (IBPW/IWA)
Lucia Helena Tapajós (IBPW/IWA)
Sílvia Boccaletti (IBPW/IWA)