Apresentação
Em breve.
Daniel Omar Perez
Programação
15h00 | Daniel Omar Perez Abertura |
15h20 – 15h50 | Palestrante: Adrian Bertorello Título: Jogo, enunciação e mundo como conceitos fundamentais de uma antropologia filosófica fenomenológico-hermenêutica Mediador: Suze Piza |
15h50 – 16h05 | Debate | Mediador: Suze Piza |
16h05 – 16h35 | Palestrante: Robson dos Reis Título: Trauma, pertencimento e confiança: elementos da fenomenologia dos sentimentos existenciais Mediador: Daniel Omar Perez |
16h35 – 16h50 | Debate | Mediador: Daniel Omar Perez |
16h50 – 17h20 | Palestrante: Suze Piza Título: Kant, Foucault e F. Fanon – Escritos antropológicos, escritos psiquiátricos Mediador: Daniela Guizzo |
17h20 – 17h35 | Debate | Mediador: Daniela Guizzo |
17h35 – 18h05 | Palestrante: Daniel Omar Perez Título: A antropologia pragmática de Kant nas lições e reflexões como parte da filosofia transcendental Mediador: Caroline Vasconcelos |
18h05 – 18h20 | Debate | Mediador: Caroline Vasconcelos |
18h20 | Daniel Omar Perez Encerramento |
Resumos e minicurrículos
Palestrantes:
Adrián Bertorello
Minicurrículo: Doutor em filosofia pela Universidad de Buenos Aires, Mestre em Análise do Discurso pela mesma universidade. Professor Regular de Antropologia Filosófica da Facultad de Filosofía y Letras de la Universidad de Buenos Aires. Professor Adjunto Regular de Filosofia Prática no curso de Filosofia da Escuela de Humanidades de la Universidad Nacional de San Martín. Pesquisador “Principal” da Carreira de Pesquisador Científico do Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas (CONICET) no Centro de Estudios Filosóficos “Eugenio Pucciarelli” da Academia Nacional de Ciencias de Buenos Aires. Pesquisador categoria I da Universidad de Buenos Aires do Programa de Incentivos del Ministerio de Educación. Presidente da Sociedad Iberoamericana de Estudios Heideggerianos (SIEH) (2021-2023). Autor dos livros Espacio de juego, explosión del sentido e iconicidad. Un comentario híbrido al curso de M. Heidegger “Preguntas fundamentales de la filosofía” (1937-1938), (2022, Ed. Teseo), El abismo del espejo. La estructura narrativa de la filosofía de Martin Heidegger (2013, Edulp) e El límite del lenguaje. La filosofía de Heidegger como teoría de la enunciación (2008, Ed. Biblos).
Título: Jogo, enunciação e mundo como conceitos fundamentais de uma antropologia filosófica fenomenológico-hermenêutica
Resumo: O trabalho visa elaborar teoricamente uma concepção fenomenológico-hermenêutica da antrolopogia filosófica que toma como ponto de partida as leituras da Anthropologie im Pragmatischer Hinsicht de Kant realizadas por O. Bollnow e M. Foucault. Segundo estes autores, a antropología pragmática, por um lado, tem o sentido de uma antropologia hermenêutica que segue o modelo da fenomenologia do Dasain de Heidegger (Bollnow) e, por outro, faz uma descrição do fenômeno humano a partir de sua permanência na linguagem (Foucault). Os conceitos que articulam o cam c po de uma antropologia filosófica de natureza fenomenológica-hermenêutica são as noções de jogo, enunciação e mundo. A permanência do homem na linguagem permite especificar a sua participação no jogo do mundo a partir das diferentes figuras enunciativas que pode assumir (primeira pessoa, terceira pessoa e enunciação pessoal).
Daniel Omar Perez
Minicurrículo: Professor de filosofia na Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), pesquisador PQ 1D no CNPQ com pesquisas sobre o sujeito e a loucura a partir de Kant. Atualmente a pesquisa aborda a relação entre linguagem e natureza humana (antropologia) em torno do fenômeno da loucura. Também desenvolve um projeto sobre A constituição do sujeito a partir das relações de identificação (filosofia e psicanálise).O trabalho de pesquisa se concentra na questão de como nos constituímos a nós mesmos tanto individual quanto coletivamente como sujeitos. Abordam-se fenômenos como massa, povo, coletivo, relações amorosas e situações diagnosticadas no espectro do autismo. Obteve o título de licenciado em filosofia em 1992 na Universidade Nacional de Rosario (ARGENTINA). Concluiu o mestrado em 1996 com a dissertação Significação dos conceitos e solubilidade dos problemas (acerca do esquematismo transcendental na Crítica da razão pura de Immanuel Kant como procedimento de doação de sentido aos conceitos) e o doutorado em 2002 com a tese Kant e o problema da significação, ambas na Universidade Estadual de Campinas (BRASIL) com o apoio da Capes. No ano de 2007 realizou outro estágio de pós-doutorado na Michigan State University (EEUU) com o apoio da Capes onde trabalho na antropologia pragmática de Kant e na organização do livro Kant in Brazil com Frederick Rauscher. Em 2012 realizou um estágio de pós-doutorado na Bonn Universität (ALEMANHA) onde desenvolveu parte do projeto sobre antropologia em Kant e avançou na tradução das Reflexões de Antropologia de Kant. Publicou artigos científicos em revistas nacionais e internacionais, livros e capítulos de livros s sobre filosofia e psicanálise. Entre suas publicações podemos contar Kant e o problema da significação (Editora Champagnat, 2008); O Inconsciente: onde mora o desejo (Civilização Brasileira, 2012); Ontologia sem espelhos. Ensaio sobre a realidade (CRV, 2014) publicado também na França pela Editora Harmattan, Sentimentos em conflito (Editora PHI, 2019), O pêndulo de Epicuro (CRV, 2019) . Em 2021 e 2022 publicou a tradução das Reflexões de Antropologia de Kant, livro I, livro II, livro III (Editora Langage). Orientou numerosas pesquisas no nível de iniciação científica, trabalho de conclusão de curso de graduação, especialização, mestrado e doutorado na área de filosofia e de psicanálise. Orientou 20 dissertações de mestrado e 5 teses de doutorado concluídas. É membro do GT de filosofia da Psicanalise, do GT de Semântica e criticismo da ANPOF e da Sociedade Kant Brasileira. Colabora com o programa de pós-graduação de psicologia da Universidade Federal de Juiz de fora e com o programa de pós-graduação em psicanálise da faculdade de psicologia da Universidad Nacional de Rosario. Atualmente orienta pesquisas de doutroado com duplo diploma em convênio com a Universidade de Halle (Alemanha); a Universidade de Évora (Portugal) e a Universidade da Cidade de paris (França). Também tem formação como psicanalista a partir de 1990 na Argentina.
Título: A antropologia pragmática de Kant nas lições e reflexões como parte da filosofia transcendental.
Resumo: O objetivo da comunicação é mostrar que a noção de filosofia transcendental de Kant, apresentada inicialmente na Crítica da razão pura (1781), é reformulada com a investigação da razão prática (1785 e 1788) e com os seus estudos no campo de uma antropologia pragmática (iniciados em 1773, mas elaborados constantemente nas suas aulas e para além delas). Assim, a filosofia transcendental não só procura o princípio da razão senão também sua validade e efetividade, bem como o seu executor.
Robson Ramos dos Reis
Minicurrículo: Titular no Departamento de Filosofia da Universidade Federal de Santa Maria, Brasil. Pesquisador CNPq 1C. Membro da Sociedade Iberoamericana de Estudos Heideggerianos e da Rede Internacional de Pesquisa Fenomenologia Naturalizada, Hermenêutica e Teoria da Enfermidade. Os seus temas de investigação centram-se na obra de Heidegger, com ênfase em problemas de ontologia e metaontologia, teoria da intencionalidade, modalidades, fenomenologia da vida orgânica e fenomenologia aplicada às Ciências da Saúde. Autor dos livros Necessidade Existencial: Estudos sobre a Modalidade na Fenomenologia Hermenêutica, Câncer infantil, Sofrimento e Transformação: um Ensaio Fenomenológico (2022), Aspectos da Modalidade (2014).
Título: Trauma, pertencimento e confiança: elementos da fenomenologia dos sentimentos existenciais.
Resumo: A recente fenomenologia da afetividade abriu um campo de investigação empírica, conceitual e fenomenológica: o âmbito dos sentimentos existenciais. Sentimentos existenciais não são emoções. Como sentimentos, contudo, eles são corporais, apesar de não se referirem nem ao próprio corpo nem a objetos, fatos ou acontecimentos no mundo. Eles são sentimentos corporais pré-intencionais, ou seja, são fenômenos afetivos que fundam mundo e condicionam todo tipo de experiência intencional. Apesar de sua grande diversidade, os sentimentos existenciais correspondem a um senso vivido de realidade e pertencimento. O senso de realidade e pertencimento, por sua vez, tem sido elucidado com base na noção de experiência de possibilidades. Neste sentido, os sentimentos existenciais são maneiras afetivas de pertencimento a uma dimensão que contém um horizonte com tipos de possibilidades. Nesta apresentação será analisado, com base na fenomenologia da experiência do trauma, o sentimento de pertencimento. O objetivo é ressaltar como no fenômeno disruptivo da experiência traumática torna-se conspícuo, como erodido, um estilo de antecipação de possibilidades caracterizado como confiança básica, não relacional e monádica. Em termos gerais, esta análise dos sentimentos existenciais sugere uma concepção antropológica: humanos são os que pertencem a dimensões de possibilidades a partir de uma frágil e vulnerável confiança básica. Já foi declarado que, para viver, confiamos. Talvez se possa arriscar um salto a mais, dizendo que, para ser, confiamos. Ao confiar adquirimos pertinência à dimensão ou horizonte do possível, o que nos faculta a experiência intencional e as diferentes maneiras de ganhar individuação pessoal.
Suze Piza
Minicurrículo: Suze Piza é professora de Filosofia na UFABC, credenciada no programa de pós-graduação de Filosofia e no programa de Economia Política Mundial. Pesquisa sobre pensamento ético-político contemporâneo. É doutora pela Universidade Estadual de Campinas.
Título: Kant, Foucault e F. Fanon – Escritos antropológicos, escritos psiquiátricos
Resumo: Kant, Foucault e F. Fanon – Escritos antropológicos, escritos psiquiátricos
Foucault finaliza a Gênese e estrutura da Antropologia de Kant com uma reflexão bastante contundente sobre o impacto das antropologias para a produção do pensamento filosófico dos séculos XIX e XX e a necessidade da recusa delas, tanto das antropologias filosóficas quanto das filosofias que tomam como ponto de partida certa reflexão antropológica sobre o homem. Estaríamos mergulhados, segundo ele, em uma ilusão antropológica que é tomada como pressuposto para a verdade. Por ser ilusão passa a ser efetivamente o retraimento da verdade. Além de reconstruir alguns aspectos da leitura que Foucault faz da Antropologia de Kant pretendo explorar ao menos um desdobramento da tal verdade retraída (e seu impacto histórico) a partir do texto Pele negra, máscaras brancas de Frantz Fanon quando o filósofo e psiquiatra pergunta: O que quer o homem? O que quer o homem negro? Por mais que me exponha ao ressentimento de meus irmãos de cor, direi que o negro não é um homem.
Inscrição
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*Haverá certificado de participação para todos os inscritos.
*O evento será híbrido e a gravação ficará disponível por 30 dias.
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Evento híbrido.
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