IV JORNADA WINNICOTT E A PEDIATRIA: O BEBÊ WINNICOTTIANO

O BEBÊ WINNICOTTIANO 
17 DE ABRIL DE 2021
Horário: das 9h às 13h10
Evento online 
A IV Jornada de Pediatria do IBPW terá como tema “O BEBÊ WINNICOTTIANO”, e está direcionada aos profissionais que trabalham com bebês, suas mães e seus pais. Winnicott, enquanto pediatra, psiquiatra infantil e psicanalista, apontou a importância desses profissionais na prevenção da doença mental e construiu toda uma teoria – a teoria do amadurecimento – para orientá-los nessa tarefa. As apresentações discorrerão sobre essa teoria e a clínica decorrente dela.

 


PROGRAMAÇÃO:
CONFERÊNCIAS
09h00 | Roseana Moraes Garcia (IBPW/IWA)
O bebê, a mãe e o pediatra
09h40 | Roberto Cooper
O bebê Winnicottiano: a visão de um pediatra na ativa
10h20 | Elsa Dias (IBPW/IWA)
O bebê winnicottiano: dependente ou contribuinte?
11h00 INTERVALO
11h10 | Ana Beatriz Bozzini (CAPS INFANTO JUVENIL/FMUSP)
Winnicott e a pediatria, a psiquiatria e a saúde pública
11h50 | Felipe Cudizio (IBPW/IWA)
Meu filho não dorme-abordagem de dificuldade de sono em bebês baseada em Winnicott
12h30| Z. Loparic (IBPW/IWA)
Os bebês têm problemas filosóficos?
13:10 | ENCERRAMENTO

RESUMOS DAS PALESTRAS

09h00  Roseana Moraes Garcia (IBPW/IWA)
Analista didata do IBPW, doutora e mestre em Psicologia Clínica pela PUC-SP, especialista em Saúde Mental na Infância pela FCM-UNICAMP, professora e supervisora dos cursos de formação do IBPW e da IWA. 
O bebê, a mãe e o pediatra 
A relação inicial de uma mãe com o seu bebê inclui, na maioria das vezes, já na maternidade e praticamente de imediato, uma relação com o pediatra e com a enfermagem pediátrica. A partir de Winnicott, sabemos da importância desses primeiros contatos da mãe com seu bebê e de como eles são fundamentais para o estabelecimento da futura saúde maturacional desse ser humano que acaba de nascer. Desse modo, precisamos estar atentos as possíveis interferências que sejam feitas por esses profissionais e que possam ter consequências insatisfatórias para a dupla mãe-bebê. Neste trabalho pretendo estudar, a partir da teoria winnicottiana, qual o papel do pediatra, na relação mãe-bebê, na saúde.
Moderadora: Claudia Dias Rosa
09h40  Roberto Cooper  (UNESA)
Pediatra, Mestre em Saúde da Família- UNESA, professor do curso de medicina da UNESA.
O bebê Winnicottiano: a visão de um pediatra na ativa
Pretendo mostrar que muitos conceitos de Winnicott contribuem para a prática pediátrica. Começando pela visão abrangente de que um bebê nunca é um ser isolado e precisa ser visto e entendido na relação binomial com a sua mãe, bem como com o ambiente, sigo explicando como Winnicott pode ter um papel importante na prática clínica pediátrica. 
Abordo temas como: holding, handling, a competência materna, dependência absoluta e relativa, a mãe suficientemente boa ou pais que “precisam falhar”. Comento sobre a cultura da performance, onde fazer é mais importante do que ser ou estar com os filhos. Também cito o risco, neste tipo de sociedade exigente, de o desenvolvimento de um falso-self. 
Também cito o papel que Winnicott percebia que o pediatra poderia ter na prevenção primária e secundária de doenças psiquiátricas. 
Moderadora: Claudia Dias Rosa
10h20  Elsa Oliveira Dias (IBPW/IWA)
Psicanalista winnicottiana. Mestre em Filosofia e doutora em Psicologia Clínica pela PUCSP, com a tese “A teoria das psicoses de D. W. Winnicott”. Fundou, com Zeljko Loparic, o Instituto Winnicott (IBPW) e a International Winnicott Association (IWA). É autora de A teoria do amadurecimento de D. W. Winnicott, entre outros. 

O bebê winnicottiano: dependente ou contribuinte?
“A história de um ser humano não começa aos cinco anos, nem aos dois, nem aos seis meses, mas ao nascer — e antes de nascer, se assim se preferir; e cada bebê é desde o começo uma pessoa, necessitando ser conhecida por alguém. Ninguém pode conhecer melhor um bebê que a própria mãe.” (Winnicott, A criança e seu mundo, p. 96)
Sim, cada bebê é desde o começo uma pessoa, isto é, se o ambiente favorecer, ele terá uma individualidade própria. A mãe suficientemente boa preza que seu bebê seja uma pessoa; ela está curiosa para saber que jeitão ele terá, pois sabe, no fundo de si, que ali está se constituindo uma individualidade. Para não atrapalhar, ela espera pelo gesto espontâneo, em que ele manifesta suas necessidades e impulsos. Ela responde ao gesto. Ele é altamente dependente  pois precisa de contato, comunicação e de respostas, mas,  ao mesmo tempo, por ser uma pessoa, ele já tem uma contribuição a fazer.
Moderadora: Claudia Dias Rosa
11h10  Ana Beatriz Bozzini (CAPS INFANTO JUVENIL/FMUSP)
Médica pediatra e psicanalista. Mestre em Pediatria pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e Doutoranda em Saúde Coletiva pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Atua como terapeuta em CAPS infanto juvenil e consultório particular.
Winnicott e a pediatria, a psiquiatria e a saúde pública
A teoria do amadurecimento emocional de D. W. Winnicott deixou um legado para a pediatria, para a saúde pública e para a psiquiatria infantil. Winnicott observou que bebês fisicamente saudáveis podiam estar emocionalmente doentes já nas primeiras semanas de vida. Destacou a importância do ambiente facilitador e da saúde emocional materna para o desenvolvimento psíquico emocional dos bebês e crianças. Atualmente, estudos científicos de primeira infância na área de saúde pública, economia e psiquiatria comprovam a importância do desenvolvimento emocional saudável nos primeiros anos de vida e os impactos negativos na adolescência e vida adulta quando tal desenvolvimento não ocorre de forma natural ou é prejudicado.
Moderadora: Daniela Guizzo
11h50  Felipe Cudizio (IBPW/IWA)
Formado em e pediatria, título de especialista pela Sociedade Brasileira de Pediatria. Fez curso de aperfeiçoamento em desenvolvimento infantil da UNIFESP, Curso de formação em psicanálise Winnicottina no IBPW. Atualmente pediatra do coletivo Aurora de assistência ao parto humanizado, pediatra do Hospital Israelita Albert Einstein e  atendimento em consultório particular de Pediatria geral em São Paulo.
Meu filho não dorme-abordagem de dificuldade de sono em bebês baseada em Winnicott
A queixa de que o bebê não dorme é uma das mais comuns do consultório pediátrico. A questão não é o quanto os bebês dormem, mas como se dá esse sono (acordando muitas vezes por exemplo). O sono de qualidade é fruto do ritmo apresentado pelo ambiente e pela confiabilidade do mesmo. O primeiro aspecto pode ser trabalhado na rotina da casa, o segundo conta com uma contribuição importante da teoria winnicottiana. Primeiramente temos que ter o olhar para ver em que fase do desenvolvimento o paciente se encontra, e em seguida orientar aos pais como intervir na medida adequada para construir um ambiente confiável para que o bebê se desenvolva continuamente e de forma saudável, respeitando o curso normal desse processo.
Moderadora: Daniela Guizzo
12h30  Z. Loparic (IBPW/IWA)
Professor titular aposentado da Unicamp. É autor de “Sobre a responsabilidade” (2003) e “Winnicott e Jung” (2014), entre outros livros. Em 2015, fundou, com Elsa O. Dias, o Instituto Brasileiro de Psicanálise Winnicottiana (IBPW). 
Os bebês têm problemas filosóficos?
De início, este trabalho propõe-se a apresentar os pontos de vista de Winnicott sobre a filosofia como área de experiência cultural adulta. Essa introdução será completada pelo exame da derivação dos problemas filosóficos do problema do existir concebido como assunto central da vida humana. Em seguida será abordado o tema central: as raízes de certos problemas filosóficos na experiência de existir dos bebês e também das crianças. Serão considerados os problemas do contato com a realidade, dos sentidos da realidade, da unidade e identidade pessoal, da existência do mundo externo, do bem e do mal e da responsabilidade.
Moderadora: Daniela Guizzo
INSCRIÇÕES ENCERRADAS!
Para mais informações envie um email para: atendimento@ibpw.org.br
*Haverá certificado de participação
VALORES
modalidade online:
Filiados IBPW: R$ 60,00
Estudantes: R$ 80,00
Profissionais: R$ 120,00
A transmissão online será via ZOOM.
O Instituto Brasileiro de Psicanálise Winnicottiana, não se responsabiliza por eventuais problemas ou dificuldades técnicas do inscrito no momento da transmissão online.
Política de cancelamento de inscrição em eventos
1. O prazo máximo para cancelamento de participação é de até 07 (sete) dias de antecedência do evento.
2. A inscrição no evento somente será cancelada mediante envio de comunicação para o e-mail: atendimento@ibpw.org.br
3. Serão devolvidos 80% (oitenta por cento) do valor pago, até o último dia útil subsequente ao mês de realização do evento.
4. A inscrição é PESSOAL e INTRANSFERÍVEL.
5. Em caso de não comparecimento no dia do evento o valor investido na inscrição não será reembolsado, não será gerado crédito para outros eventos e não dará direito ao envio de materiais que possam vir a ser entregues no curso.

Fique em casa :)

O evento será transmitido online pela plataforma zoom.
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