O Instituto Brasileiro de Psicanálise Winnicottiana (IBPW) promove colóquios anuais, nacionais e internacionais, desde 1995, além de cursos de formação, grupos de estudo e supervisões públicas em diversas regiões do Brasil e no exterior.
Um dos grandes objetivos desses eventos é difundir a contribuição inovadora de Donald Winnicott, apresentando leituras, estudos, perspectivas e casos que corroboram a mudança do paradigma em relação à psicanálise tradicional, tanto na teoria quanto na clínica.
Winnicott desenvolveu uma clínica em torno das necessidades do paciente e de fazer o que é necessário, mesmo que nem sempre seja reconhecido como psicanálise. Esse ano, o Instituto Brasileiro de Psicanálise Winnicottiana trouxe, em seus diversos eventos, uma atenção especial a essa nova prática clínica.
Nessa linha, temos o prazer de apresentar, este ano, no XI Colóquio Winnicott Campinas, o tema “O paciente winnicottiano”, abordando o paciente sob esse novo olhar.
Este colóquio tem por objetivos, portanto, discutir, aprofundar e apresentar o olhar de Winnicott para seus diversos pacientes, sua forma de entender o diagnóstico e a forma de manejar os diferentes tratamentos. Será que todos precisam de psicanálise? Quem é o paciente para Winnicott?
Através de palestras e comunicações, esperamos abrir diálogos e novas possibilidades de estudos entre os profissionais da saúde, psicologia e psicanálise, de forma a enriquecer o entendimento e tratamento de seus pacientes.
Inscrições de 2 de julho até 19 de outubro de 2018.
Valores
modalidade presencial:
Profissionais: R$ 150,00
Estudantes: R$ 75,00
Filiados: R$ 75,00
modalidade online:
Profissionais: R$ 105,00
Estudantes: R$ 53,00
Filiados: R$ 53,00
*modalidade online apenas para as regiões fora de Campinas e São Paulo.
Preencha o formulário abaixo para se inscrever.
Política de cancelamento de inscrição em eventos
1. O prazo máximo para cancelamento de participação é de até 07 (sete) dias de antecedência do evento.
2. A inscrição no evento somente será cancelada mediante envio de comunicação para o e-mail: atendimento@ibpw.org.br
3. Serão devolvidos 80% (oitenta por cento) do valor pago, até o último dia útil subsequente ao mês de realização do evento.
4. A inscrição é PESSOAL e INTRANSFERÍVEL.
5. Em caso de não comparecimento no dia do evento o valor investido na inscrição não será reembolsado, não será gerado crédito para outros eventos e não dará direito ao envio de materiais que possam vir a ser entregues no curso.
Ana Maria de França Carneiro (SBPSP/IPA)
Elsa Oliveira Dias (IBPW/IWA)
Luciana Sarkozy (IBPW/IWA)
Ricardo Telles de Deus (CEP)
Rosana Teresa Onocko Campos (Faculdade de Ciências Médicas-UNICAMP)
Roseana Moraes Garcia (IBPW/IWA)
Sérgio Gouvêa de Franco ( Associação Universitária de Pesquisa em Psicologia Fundamental/CEP)
Zeljko Loparic (UNICAMP/IBPW/IWA)
Sábado, 27/10/2018
08h30 | Credenciamento
09h00 às 09h45 | Conferência
O peso do não acontecido
Zeljko Loparic
O presente trabalho propõe-se a estudar as necessidades maturacionais que se manifestam nos sintomas que dificultam a vida humana e que aparecem no material clínico da transferência.
09h45 às 10h30 | Conferência
O paciente winnicottiano
Elsa Oliveira Dias
Com o tema “O paciente winnicottiano” pretende-se reunir e articular algumas das características essenciais do “animal humano” tal como Winnicott o concebe e tal como ele pode vir a apresentar-se ao terapeuta winnicottiano quando busca ajuda; em outras palavras, reúnem-se aqui alguns aspectos e desafios que o terapeuta winnicottiano se dispõe a tratar e a manejar ao ir ao encontro de um novo caso.
10h30 às 11h00 | Coffee break
11h00 às 12h00 | Mesa redonda
Contato em nível de objeto subjetivo: a sustentação de vivências primitivas em um setting paralelo à internação psiquiátrica.
Ana Maria de França Carneiro
Relataremos as diversas fases de um caso clínico em setting psicanalítico paralelo a um período de internação psiquiátrica. Este procedimento fortaleceu o trabalho da dupla analítica numa regressão à dependência, desnudando um nível primitivo de vivências e levando a paciente a poder habitar um lugar no mundo.
Contribuições das novas mídias na terapia Winnicottiana
Rosana Teresa Onocko Campos
Para os analistas winnicottianos a questão da presença do analista costuma
ser um tema relevante. A presença confiável, a empatia e o contato pessoal
são elementos chaves e valorizados em nosso trabalho analítico. Haveria
lugar para os novos dispositivos de comunicação no marco deste
referencial? Se sim, quando e como se justificaria seu uso? Pretendemos
discutir à luz da clínica algumas potencialidades desse tipo de
comunicação e alertar também para a importância de uma análise crítica
sobre sua utilização evitando sua banalização.
12h00 às 12h30 | Lançamento do livro:
Recusa do Não-Lugar de Juliano Garcia Pessanha
12h30 às 14h00 | Almoço
14h00 às 15h00 | Comunicações
15h00 às 16h00 | Mesa redonda
A criança e a família como pacientes
Roseana Moraes Garcia
Winnicott na sua clínica como pediatra, psiquiatra infantil e psicanalista desenvolveu algumas modalidades de atendimento de crianças que envolviam sempre suas famílias, dentre elas as consultas terapêuticas, a psicanálise sob demanda, o hospital maturacional em casa, etc. Desse modo tanto a criança como a família são objetos dos cuidados do terapeuta. Nesta comunicação pretendo identificar o trabalho que era feito pelo autor com a criança e com a família e apresentar vinhetas que ilustrem esse trabalho.
O impacto da mudança de paradigma proposta pela teoria Winnicottiana na clínica
Luciana Sarkozy
Winnicott, com seu pensamento inovador, trouxe nova luz à psicanálise tradicional, levando-nos a enveredar para além da neurose edipiana e abrindo um novo campo de estudo baseado numa teoria maturacional, na existência de um self e de um inconsciente “pré-simbólico”, entre outros temas.Com essas novas premissas, todo o campo da prática clínica analítica também foi repensado e revisto. Winnicott desenvolveu uma clínica em torno das necessidades do paciente e de fazer o que é necessário, mesmo que nem sempre seja reconhecido como psicanálise. Nessa apresentação tenho como objetivo retomar brevemente as contribuições de Winnicott que geraram uma mudança de paradigma na psicanálise e analisar o impacto dessas mudanças na prática clínica.
16h00 às 16h30 | Intervalo
16h30 às 17h30 | Mesa redonda
Transferência e Contratransferência em Winnicott: sobrevivendo aos ataques do paciente
Sérgio Gouvêa de Franco
Na tradição winnicottiana surge uma questão que se apresenta como fundamental: como é que o analista sobrevive aos ataques do paciente? Estamos elegendo esta questão como a questão central de nossa fala no Colóquio. Esta é uma questão a qual Winnicott se dedica. A experiência dá mostras de que estes ataques levam a situação clínica ao limite, tanto aos limites da compreensão teórica, quanto aos limites da capacidade emocional do analista. Não raro o analista vê sua capacidade emocional ultrapassada, comete erros e não sabe o que fazer. Winnicott lida com a questão.
Um elemento que vai se afirmando, na tradição winnicotiana, é que o campo transferencial não é apenas manifestação da singularidade do paciente. O analista também contribui para a construção do campo. Ou seja, a posição que o analista ocupa no tratamento é determinante para o modo como este campo se estabelece. O tratamento passa a ser pensado não apenas como uma manifestação das modalidades de sofrimento do paciente, mas também como uma manifestação da subjetividade do analista. Neste sentido, o analista não se restringe a alguém que pode ouvir de um lugar de absoluta neutralidade e fala como um portador de uma verdade transcendental, um analista sem desejo, desencarnado. Pelo contrário, a análise se dá exatamente no encontro afetivo entre o analista e seu paciente. A resistência se apresenta não apenas do lado do paciente, nem mesmo apenas do lado do analista. A resistência se apresenta, sobretudo, no modo como os dois se articulam emocionalmente. A transferência é este campo que se forma na relação dos dois. Sem a pretensão de tratar tudo, de esgotar, a fala neste Colóquio visa, sobretudo, ajudar os clínicos a manejar situações difíceis do seu cotidiano.
Sobre o desenvolvimento dos alicerces de uma pessoa: leitura do caso Margaret Little
Ricardo Telles de Deus
Quais foram, mais exatamente, os resultados terapêuticos da análise de Margaret Little com Winnicott? Na palestra, com base na experiência relatada pela autora, argumentarei a favor da ideia de que tal análise resultou, em alguma medida, no desenvolvimento dos alicerces pessoais da paciente.
17h30 | Encerramento
REGRAS DE APRESENTAÇÃO
O trabalho científico desse evento realizar-se-á por meio de conferências (dadas por convidados escolhidos pela comissão científica do congresso) e comunicações (selecionadas por uma comissão de avaliação dos trabalhos submetidos).
CRONOGRAMA
Até 10/09 – envio dos trabalhos
Até 30/09 – divulgação da lista dos trabalhos aceitos
Até 10/10 – inscrição dos participantes que vão apresentar os trabalhos
Envie o seu trabalho para o email: callforpaper@ibpw.org.br
COMUNICAÇÕES APROVADAS
A luta pelo amadurecimento
Antônio Leonardo de Oliveira Costa
coautora: Luciana Pontes Bichuetti
O Paciente Idoso na Clínica Winnicottiana
Astrid Da Ros
coautora: Margarida Maria Vilhena Simeira
A Clínica nossa de cada dia
Cíntia Gomide Tosta
coautores: Antônio Leonardo de Oliveira Costa, Arilene Gonçalves Firmino, Cíntia Gomide Tosta, João Paulo Furtado da Silva Oliveira, Juliana Borges, Larissa Marques Pinto, Samuel Petros Cardoso
O paciente obsessivo e a clínica da transicionalidade
João Fábio Haddad Caramori
coautor: Gilberto Safra
Quem é o paciente quando atendemos criança? – Uma experiência de supervisão
Josiane Cristine Ramos Ferreira
De repente… mãe!?!?
Larissa Marques Pinto
coautor: Antônio Leonardo de Oliveira Costa, Arilene Gonçalves Firmino, Cíntia Gomide Tosta, João Paulo Furtado da Silva Oliveira, Juliana Borges, Larissa Marques Pinto, Samuel Petros Cardoso
O Paciente Hospitalizado
Laura Barião da Fonseca
A Clínica Winnicottiana Com Adolescentes: O Caso Jane
Luciana Pontes Bichuetti
coautor: Carlos Luís Melo Bichuetti, Camila Pontes Bichuetti
A entrevista devolutiva em grupo de pais no contexto da clínica-escola: um espaço de holding e esperança
Mariana do Nascimento Arruda Fantini
coautor: Andrés Eduardo Aguirre Antúnez
Um olhar Winnicottiano sobre os Desenhos-Estórias de uma menina de 09 anos
Mariana Padovan Romano
coautora: Josiane Cristine Ramos Ferreira
A influência transgeracionalidade em gestantes primigestas
Raquel Marques Benazzi Guirado
coautora: Ivonise Fernandes da Motta
1. Aceitaremos comunicações sobre Winnicott, de preferência sobre o tema do Colóquio, mas não exclusivamente.
2. Para submeter as comunicações, não será necessário fazer previamente a inscrição no Colóquio. Todos que tiverem seus trabalhos aprovados terão, no entanto, que efetuar suas inscrições para confirmar a participação até o dia 10/09/2018. A lista dos trabalhos selecionados será divulgada até 30/09/2018, neste site.
3. Após o aceite do trabalho, não será permitida a troca do apresentador.
4. Os outros autores, que desejarem estar presente à apresentação do trabalho, deverão estar devidamente inscritos no Congresso.
5. A apresentação acontecerá em mesas redondas, compostas por quatro trabalhos, seguidos de 10 minutos de debates após o quarto trabalho apresentado. A distribuição nas mesas estará a critério da comissão organizadora do congresso.
6. Os horários da apresentação das Comunicações serão divulgados em breve.
7. Somente receberão certificados os autores inscritos no Colóquio, mesmo que o trabalho tenha mais de um autor.
ESPECIFICAÇÕES PARA O ENVIO DO TRABALHO
1. minicurrículo de até 10 linhas.
2. resumo para avaliação de 200-500 palavras; documento Word 97 ou superior; formato: Times New Roman 12; entrelinha: 1,5. O argumento deve apresentar o problema central que motivou o estudo, as questões levantadas e reflexão teórica para responder ou discutir as questões apresentadas.
3. resumo para Caderno de Resumos (caso o trabalho seja aceito): máximo de 100 palavras, seguindo as mesmas especificações.
Havendo interesse, as comunicações aceitas e apresentadas no Colóquio poderão ser submetidas para publicação à revista Winnicott e-Prints até 30 dias após o evento. Para essa submissão, os trabalhos devem ter uma página de rosto, na qual devem constar: identificação do(s) autor (es), título (também em inglês), palavras-chave e resumo (até dez linhas), em português e inglês. No texto não devem constar dados que tornem possível identificar o autor para que o processo de avaliação possa ser realizado pelo método duplo-cego.
Os interessados podem enviar o artigo para winnicotteprints@sbpw.com.br.