Freud

Freud

Em 1982, tendo sido eleito Coordenador do Centro de Lógica, Epistemologia e História da Ciência da Unicamp, escolhi a psicanálise de Freud como exemplo de uma ciência humana a ser estudada em detalhes pelos epistemólogos reunidos no referido Centro. Nessa época, minha abordagem da estrutura das ciências empíricas e da dinâmica das suas mudanças era fortemente influenciada por Kant, WittgensteinCarnap e Kuhn. Textos que escrevi a esse respeito tratam a psicanálise como um quadro (matriz disciplinar) de resolução de problemas de saúde de certo tipo, a saber, das neuroses, problemas que, conforme diz o próprio Freud, eram semelhantes a quebra-cabeças. Esse quadro contém ainda componentes factuais, comprováveis (teoria da sexualidade) e especulativos, descartáveis (teoria do aparelho mental, metapsicologia), além de procedimentos de pesquisa empírica (interpretação e manejo do material transferencial) e de elaboração especulativa de resultados obtidos (analogias, ficções heurísticas, mitos). Cheguei à conclusão  – Heidegger avançou por conta própria na mesma direção – que Freud abriu um campo de pesquisa extremamente fértil, que merece ser  explorado ainda hoje; contudo, não no sentido ortodoxo, como a última palavra sobre a mente humana, nem no popular, como revelação dos segredos mais recônditos do seres humanos, mas, como diz Winnicott, para o acesso privilegiado à natureza humana, suas manifestações no tempo e modalidades da sua modificação criativa.

Z. Loparic

• 1985

( 1 ) 19. Loparic, Z. (1985). Resistências à psicanálise. Cadernos de História e Filosofia da Ciência, (8), 29-49.

• 1986

( 2 ) 22. Loparic, Z. (1986). Uma leitura filosófica de Freud. Folha de São Paulo, Folhetim pp. 6-8, 31/08/1986.

• 1991

( 3 ) 46. Loparic, Z. (1991). Um olhar epistemológico sobre o inconsciente freudiano. In F. Kobloch, (org.), O inconsciente várias interpretações (pp. 43-58). São Paulo: Escuta.

• 1995

( 4 ) 73. Loparic, Z. (1995). Ética neopragmática e psicanálise. Percurso, 14(1), 86-95. Reeditado em (92).

• 1996

( 5 ) 88. Loparic, Z. (1996). Winnicott: uma psicanálise não-edipiana. Percurso, (17), 41-47. Revisto e reeditado em (99).
( 6 ) 92. Loparic, Z. (1996). Ética neopragmática e psicanálise. Revista de Psicanálise da SPPA, 3(3), 445-459. Reedição de (73).

• 1997

( 7 ) 98. Loparic, Z. (1997). O Édipo de Freud a Bion. Boletim Científico da SPRJ, 18(3), 375-381. Reeditado em (103).

• 1998

( 8 ) 102. Loparic, Z. (1998). Psicanálise: uma leitura heideggeriana. Veritas, 43(1), 25-41.
( 9 ) 103. Loparic, Z. (1998). O Édipo de Freud a Bion. Boletim de novidades, agosto de 1998, 37-43. São Paulo: Pulsional. Reedição de (98).
( 10 ) 104. Loparic, Z. (1998). Heidegger e a desconstrução da psicanálise. Livro de Resumos do VIII Encontro Nacional de Filosofia, (p. 242). Curitiba: ANPOF. (Resumo)

• 1999

( 11 ) 111. Loparic, Z. (1999). O conceito de Trieb na psicanálise e na filosofia alemã. In J. A. T. Machado (org.), Filosofia e Psicanálise um diálogo (pp. 97-157). Porto Alegre: Edipuc. Reeditado em (216).
( 12 ) 115. Loparic, Z. (1999). É dizível o inconsciente? Natureza Humana, 1(2), 323-385.

• 2001

( 13 ) 130. Loparic, Z. (2001). Além do inconsciente: sobre a desconstrução heideggeriana da psicanálise. Natureza Humana, 3(1), 91-140. Reeditado em (140) e edição revisada em (162)
( 14 ) 131. Loparic, Z. (2001). Theodor Lipps: uma fonte desconhecida do paradigma freudiano. Natureza Humana, 3(2), 315-331.

• 2002

( 15 ) 140. Loparic, Z. (2002). Além do inconsciente sobre a desconstrução heideggeriana da psicanálise. In N. Oliveira & R. Timm (orgs.), Fenomenologia hoje II, 269-315. Porto Alegre: EDIPUCRS. Reedição de (130) e edição revisada em (162).

• 2003

( 16 ) 149. Loparic, Z. (2003). De Kant a Freud: um roteiro. Kant e-Prints, 2,(8), 1-12. Reedição de (151).
( 17 ) 151. Loparic, Z. (2003). De Kant a Freud: um roteiro. Natureza Humana, 5(1), 231-245. Reedição de (149).

• 2005

( 18 ) 162. Loparic, Z. (2005). Além do inconsciente sobre a desconstrução heideggeriana da psicanálise. In L. Fulgencio & R. Simanke (orgs.), Freud na filosofia brasileira (pp. 257-304). São Paulo: Escuta. Edição revisada de (130) e (140).
( 19 ) 173. Loparic, Z. (2005). De Freud a Winnicott: aspectos de uma mudança paradigmática. In L. Fulgencio (org.), Filosofia da psicanálise (pp. 21-47). Coleção Natureza Humana, 1. Reeditado em (228). Texto diferente do publicado em (237).

• 2008

( 20 ) 193. Loparic, Z. (2008). O paradigma winnicottiano e o futuro da psicanálise. Revista Brasileira de Psicanálise, 42(1), 137-150.
( 21 ) 194. Loparic, Z. (2008). Apresentação. In L. Fulgencio. O método especulativo em Freud, (pp. 9-15). São Paulo: Educ.

• 2009

( 22 ) 216. Loparic, Z. (2009). O conceito de Trieb na psicanálise e na filosofia alemã. Revista Ideação, a(22), 23-107. Reedição de (111).

• 2011

( 23 ) 228. Loparic, Z. (2011). De Freud a Winnicott: aspectos de uma mudança paradigmática. In E. O. Dias & Z. Loparic (orgs.), Winnicott na Escola de São Paulo (pp. 29-58). São Paulo: DWWeditorial. Reedição de (173). Texto diferente do publicado em (237).

• 2013

( 24 ) 237. Loparic, Z. (2013). From Freud to Winnicott: Aspects of a Paradigm Change. In J. Abram (org.), Donald Winnicott Today (pp. 113-156). London: Routledge. Edição ampliada com novo título de (136). Texto diferente do publicado em (173) e (228).
( 25 ) 244. Loparic, Z. (2013). Winnicott e Freud: mudanças na teoria psicanalítica da cultura. In Carone, A. M., Silveira, L., Ibertis, C., Pontes, S. A., Bocca, F. V., Bocchi, J. & Almeida, J. J. R. L. (orgs.), V Congresso internacional de filosofia da psicanálise. Livro de Resumos (p. 60). São Paulo: UNIFESP. (Resumo).

• 2016

( 26 ) 263. Loparic, Z., et al. (2016). (orgs.), Pluralismo na psicanálise. Curitiba: Pucpress.
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